
Entrei tarde na faculdade – 22 anos – porque necessitava trabalhar e naquela época só havia cursos diurnos. Precisei de tempo, para conseguir emprego de quatro horas diárias (professor de matemática do Senai, através de concurso). Com tudo isso, já faz quase 60 anos, que estou formado. Isso me faz ser mais que velho, no padrão convencional. Tenho notado nesse longo tempo, que existem pessoas, que não mudaram suas ideias, apesar da grande evolução, tida pelo mundo. O inacreditável, pois, na teoria, essas pessoas deveriam ser as mais habilitadas, a entender as mudanças sofridas no mundo e adaptar seu pensamento a elas. Estou me referindo a pequenos grupos, que costumam ser chamados de “intelectuais”, no sentido lato do termo. Ressalvo as inúmeras exceções, que o termo intelectuais comporta. Porém, em todo mundo, existe uma casta, intitulada de “intelectuais”, que ficou imune às mudanças. Em 60 anos, os casos, são incontáveis. Vou me restringir aos intelectuais, neles incluídos os chamados “artistas” não só da América, como da Europa. Nessa hora, lembro o seguinte: É dito, que séculos de civilização conferiram grande maturidade aos europeus.
Por isso, espanta, as notícias, que grupos de intelectuais desse continente, ainda continuam chamando de “golpe” o impeachment de Dilma Rousseff e de perseguição política a condenação de Lula pela justiça brasileira. Fazem questão de não perceber a culpa dos governos Lula/Dilma pela maior crise econômica e social sofrida no Brasil, enquanto outros países sulamericanos – Chile, Paraguai, Peru, Colômbia – como também México, Canadá e Estados Unidos, somados aos países da Europa Ocidental, estão em franco progresso. Também, parecem não ver as ideias de membros do PT, que teimam em ressuscitar antigos temas, como imperialismo e luta de classes. O silêncio desses intelectuais pactua com a estupidez de líderes do PT, que continuam defendendo o socialismo bolivariano da Venezuela, apesar da monumental crise, que assola aquele país, onde uma inflação acima do milhar e desemprego proíbe os venezuelanos de produzir alimentos e já levou 1 milhão de seus habitantes a migrar, para as nações vizinhas. Em Roraima, estado mais pobre do Brasil chegaram mais de 30 mil deles. Todos alegaram estar passando fome em seu país. Ressalte-se, que esse apoio do PT é oficial, defendido pela sua presidente Gleisi Hofman. E os intelectuais citados continuam elogiando, sem nenhuma ressalva, o PT e Lula. A posição dos petistas se transformou em um dogma religioso, contra o qual não existe discussão, nem remédio. Fazer o quê?