Não basta estar seguro, é necessário que o cidadão se sinta seguro. A sensação de segurança torna uma sociedade mais ordeira, mais respeitosa e respeitada. Tal sensação impacta diretamente na qualidade de vida, seja no trabalho ou na vida pessoal e familiar.
Passar momentos de lazer em família, divertir-se, poder passear e mesmo ir ao trabalho, à escola ou a um atendimento médico em segurança é algo que toda sociedade almeja. E para que haja sensação de segurança e, consequentemente, qualidade de vida, a aplicação de recursos e gestão pública voltada para o setor é primordial, inclusive para prospectar crescimento econômico gerando empregos e renda através da instalação de novas empresas e crescimento das já estabelecidas.
De modo geral, para alcançar esses objetivos, a segurança pública estuda diversos aspectos, seja de ordem individual, da sociedade ou comunitária, ou ainda regional, estadual e nacional, sob os pontos de vista patrimonial, físico e psicológico.
Uma gama de dados é compilada e, a partir de então, são analisados por diversos setores, incluindo saúde, educação, promoção social, guarda civil municipal, corpo de bombeiros, defesa civil, polícias militar e civil, dentre outras frentes da administração pública, seja direta ou indireta, já que pode incluir entidades e ONGs do terceiro setor, por exemplo, que defendem a causa animal.
Nessa toada de se sentir seguro, a tecnologia é uma grande aliada, a exemplo do que foi feito em Bebedouro, cidade já com bons índices, do ponto de vista da estatística criminal, mas que deseja ser ainda mais segura e garantir aos seus moradores a sensação de que estão cada vez mais seguros, uma central de monitoramento denominada SIS (sistema integrado de segurança) composto não só por câmeras, mas por compilação de dados e algoritmos, o que possibilita uma gestão ampla de toda cidade.
Com essa novidade, diversos setores da administração serão beneficiados, como, por exemplo, a identificação de pessoas que moram nas ruas em situação de vulnerabilidade, visualização de focos de incêndio, combate ao descarte irregular de resíduos, localização de pessoas e animais perdidos, abordagem de comércio ambulante irregular, dados de fluxo de veículos em determinado horário e setor que demandam maior atenção, além de obviamente combater o crime. Tudo para que o cidadão que esteja em Bebedouro, sinta-se seguro.
Tecnologia, investimento e boa gestão dão recado à criminalidade de que em Bebedouro, o crime não compensa.
(Colaboração de Rogério Valverde, secretário de segurança pública de Bebedouro).
Publicado na edição 10.766, sábado a terça-feira, 24 a 27 de junho de 2023 – Ano 99
