Para o jogo contra a Alemanha, hoje, a seleção brasileira está sem Neymar – fora da Copa, e sem Thiago Silva – suspenso por cartão amarelo. Isso é fato. Chegou o momento do time mostrar, para todos, que não depende somente do craque do Barcelona, que obviamente teve importante participação nos jogos anteriores. Importante lembrar que a equipe titular é composta por 11 jogadores, e não somente por um único atleta.
Neymar sem dúvida nenhuma é genial, faz a diferença e desequilibra uma partida, mas nos dois últimos jogos, contra Chile e Colômbia, o agora lesionado jogador não foi fundamental, e o time como um todo evoluiu e conseguiu as vitórias. Dizer que a seleção não vai conseguir a classificação é um grande desestímulo para os que lá estão, e tenho certeza de que quem entrar no lugar de Neymar, irá jogar como se fosse a última partida de sua vida.
Particularmente, para os lugares de Thiago Silva e Neymar eu colocaria Dante e Bernard, este último garoto veloz e habilidoso que poderá levar alguma dor de cabeça para o adversário. Contudo, Willian aparece como favorito a ocupar a vaga do craque do Barcelona, o que tornaria a equipe mais defensiva. O zagueiro Dante, por sua vez, é companheiro de clube de muitos dos jogadores da Alemanha, e junto com Luiz Gustavo, que também atua no futebol alemão, pode fazer alguma diferença na marcação dos craques germânicos.
Chegou a hora da verdade.
No balanço geral da Copa, até a presente fase, apenas se confirmou os favoritos ao título, conforme já debatido em edições anteriores desse artigo semanal. A surpresa, talvez, tenha sido a Holanda ocupar o lugar da atual campeã mundial Espanha, mas Alemanha, Brasil e Argentina eram aguardados nessa fase.
A maior decepção, até aqui, foi com a Espanha, que com um time envelhecido não conseguir ser a sombra da seleção que venceu a Copa do Mundo em 2010. A maior surpresa, por outro lado, foi a participação da Costa Rica, eliminada nos pênaltis pela Holanda, tendo feito sua melhor participação em mundiais até hoje. Na verdade foi bom os holandeses terem vencido, pois poderão dar algum trabalho para a Argentina nas semifinais.
Confesso que meu maior sonho seria uma final entre Brasil e Argentina, mas desde que tivéssemos certeza da vitória. Jogar com risco de perder, é melhor então evitar esse confronto, pois assim não haveria o risco de ser editado um segundo Maracanazzo (expressão dada após a vitória do Uruguai em cima do Brasil na final da Copa de 1950).
Força Brasil!!!
Publicado na edição nº 9716, dos dias 8 e 9 julho de 2014.