
Aumenta a participação das mulheres no setor de pequenas e grande empresas, o que pode ser a saída para a crise.
Nas últimas semanas, o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma série de reportagens sobre três mulheres que se tornaram empreendedoras. A pauta ficaria restrita apenas ao programa Grandes Empresas e Pequenos Negócios, se não fosse o drama delas tentarem conciliar a administração de seus negócios com o papel de mães e esposas.
Os exemplos podem ser vistos todos os dias bem perto dos leitores da Gazeta. Há dezenas de mulheres que investiram em pequenos empreendimentos que vão desde salões de beleza, fabricação de artesanato, lanches naturais, ou que dirigem pequenos estabelecimentos comerciais.
Boa parte destas mulheres assume sozinha o papel de empreendedora, após o fim de matrimônios ou porque os maridos ficaram desempregados. Como as contas de luz, água, aluguel e do supermercado têm de ser pagas, estas mulheres assumiram as rédeas financeiras dos lares.
É lógico que isto não acontece da forma mais tranquila possível. Há crises conjugais, porque nós homens fomos criados para sermos os provedores dos lares. Deixar a esposa pagar a conta coloca em risco até a masculinidade. Se bem que tem uma parcela de folgados que vivem à custa das companheiras.
Tudo isto me faz recordar de um curso bíblico que tive na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no inicio dos anos 90. O professor, que me recordo só o sobrenome – Mariano – explicava que Deus poderia ter usado qualquer parte do homem para construir a mulher. Não pegou um pedaço do pé para ela não ser submissa. Não tirou da cabeça para ela não ser superiora. Deus pegou da costela para os dois – homem e mulher – estarem lado a lado na convivência.
Depois de mais de mil anos de machismo e décadas de feminismo radical, talvez estejamos prestes a chegar ao equilíbrio: relações iguais entre homens e mulheres.
E o caminho para isto é a educação menos sexista. Lembro minha mãe, Dona Tereza, que não era feminista, mas mandava os três filhos homens para a cozinha para fazer o serviço típico da mulher. Mas para ela era injusto fazer tudo sozinha. É isto ai, dividir tarefas é um ato de Justiça.
Publicado na edição n° 9476, dos dias 20 a 21 de novembro de 2012.