No contrapé do futebol

0
481

Nesta semana, iniciada com vitória do Brasil, contra o México, na Copa do Mundo, só se fala sobre futebol. Escrevo este artigo, quando ainda não jogamos contra a Bélgica. Assim, a crítica, que vou fazer ao futebol, não é fruto de ressentimento. Pode ser simples saudosismo, mas, penso a respeito, há bastante tempo. Minha queixa foca, que o futebol não evoluiu durante o passar dos anos. Isto é, não se adaptou às mudanças naturais, decorrentes de sua prática, ao contrário do acontecido, com outros esportes coletivos. Exemplifico, com o vôlei e o basquete que alteraram várias de suas regras, para adaptá-las à realidade. Enumero apenas algumas delas mais perceptíveis: A – No vôlei, anteriormente, só fazia ponto, quem estivesse sacando; B- Cada set – apenas no total de 3 – durava 15 pontos; C- A defesa era proibida com o uso dos pés; No basquete, não havia contagem de 30 segundos, para arremessar; o garrafão era menor e nem a contagem de 3 pontos, para os arremessos de maior distância. Existem vários outros exemplos. Ao contrário, o futebol não teve mudanças relevantes. Ele foi criado pelos ingleses e herdou esse tradicionalismo britânico, que impede mudanças. Acho, que é a única competição, que pode terminar empatada. Muito menos, se adaptou às mudanças nos seus jogadores. Exemplo: Até os anos de 1980, era comum os jogadores, que faziam lançamentos de bola, para os atacantes, primeiro a colocarem no chão, junto aos pés, olharem para escolher os melhores colocados. Atualmente, se tal jogador fizer isso, ele será atropelado, por um, ou dois, adversários. Qual a razão de acontecer isso? É que antes a prioridade era um padrão técnico. Acontecia, que nem todos os jogadores possuíam essa técnica. Daí, tentavam suprir essa menor técnica, com um melhor prédio físico. Então, chegavam ao adversário antes dele preparar a jogada. Ocorre, que preparo físico, ao contrário da técnica, pode ser conseguido por todos. Resultado: Com melhor preparo físico, todos chegavam mais depressa até o detentor da bola. A técnica não podia ser aplicada. Falta espaço no gramado para o preparo dos jogadores. O lamentável é essa realidade, poder ser feita, com um procedimento simples: É só diminuir o número de jogadores de cada time. Diminuído de 11 para nove. Aumentaria o espaço vago do campo e os jogadores poderiam usar a técnica, com mais facilidade. As substituições não teriam limite e serem reversíveis (O substituído poderia voltar, sem limite). Acho, que as pessoas mais ligadas ao futebol, devem ter ideias melhores.

Amostras mais que expressivas

Uma notícia curiosa foi publicada no Estadão – 28-06-2018  A-4 – Trata-se do valor declarado do patrimônio de Marisa Letícia, mulher de Lula, em seu inventário. Como a morte dela foi procedida de longa enfermidade, me causou estranheza. Explico: Nos casos de morte procedida de longa enfermidade, os parentes costumam dividir os bens antes da morte. O procedimento é mais simples e mais barato. No caso de Marisa, se isso aconteceu, sobraram outros. Em seu inventário foram declarados bens no valor de 12 milhões e 300 mil reais e mais quotas de um fundo de valor de 62 milhões. Diante da estranheza, com o alto valor das quotas, os advogados retificaram o valor para 62 mil reais. É esquisito, tal diferença não ter sido percebida, quando da declaração pelos advogados e pelos herdeiros. Embora, quando se referem a Lula os valores sempre são expressivos. Um exemplo é o valo0r da Fundação, que guarda os bens adquiridos por Lula, durante sua passagem, pelo governo brasileiro. Custou a bagatela de 15 milhões de reais. Esse valor nunca foi contestado pelos diretores dessa fundação. Confesso, que não consigo alcançar, quanto representam 15 milhões de reais, ainda mais como valor de uma simples fundação e com finalidade tão restrita. É fumaça demais para pouco fogo.

(…)

Publicado na edição nº 10283, de 7 a 11 julho de 2018.