
O que todos esperavam, com exceção dos ainda esperançosos são paulinos, aconteceu. Ao vencer o Goiás no domingo (23), o Cruzeiro sagrou-se tetracampeão brasileiro de futebol, sendo o segundo título consecutivo, feito alcançado por poucos clubes até hoje. E o título foi mais do que merecido!
Dono da melhor campanha e liderando o torneio por 30 rodadas, o clube mineiro mostrou força ao vencer seus jogos, dentro e fora de casa, para conquistar a tão almejada taça de campeão. Com um elenco vasto e polivalente, não teve adversários para superá-lo na regularidade, e com muita justiça levantou o caneco com duas rodadas de antecedência.
Festa azul e branca em Belo Horizonte, que ainda se prepara para receber o segundo jogo da final da Copa do Brasil nessa quarta (26), em uma provavelmente disputada e emocionante partida contra o Atlético Mineiro, seu maior rival, e que venceu a primeira partida por 2×0. Para sagrar-se campeão e conquistar a tríplice coroa pela segunda vez em sua história, o Cruzeiro terá que marcar três gols de diferença, ou marcar 2×0 e tentar a sorte nos pênaltis. Para os jogos da final, não existe o critério de gols marcados fora de casa.
Denomina-se tríplice coroa aquele que conquista o campeonato estadual, o brasileirão e a Copa do Brasil, e o Cruzeiro já venceu o campeonato mineiro no começo do ano, conquistou o brasileirão no domingo e agora tentará o terceiro título na quarta feira. Em 2003, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, o Cruzeiro conseguiu esse feito, e desde então nenhum outro clube conseguiu tal façanha.
E esse título de campeão brasileiro teve, em especial, um herói, e um herói bem ao estilo deste Cruzeiro de ser. Éverton Ribeiro não decidiu o Brasileirão somente pelo gol marcado contra o Goiás. O baixinho de 1,74m, que saltou para escorar de cabeça e marcar o segundo tento do time celeste, decide sempre. É regular, é letal e não a toa foi convocado para a seleção brasileira. Ninguém deu mais passes para gol do que ele, que ao lado de Conca (Fluminense), serviu os companheiros para marcar em 10 oportunidades. Ninguém foi tão determinante para o tetra quanto ele. O craque, que prefere ser garçom a marcar o gol, entrou no Mineirão na tarde de domingo para ser o principal jogador, e foi, junto com o goleiro Fábio (que fechou o gol), o melhor jogador em campo.
O título do Cruzeiro foi mais do que justo. Parabéns ao técnico Marcelo Oliveira, que ao conquistar o bicampeonato seguido entrou para uma seleta lista de comandantes que já conseguiram tal feito, entre eles o próprio Luxemburgo, Muricy Ramalho e Oswaldo Brandão.
Publicado na edição nº 9776, dos dias 25 e 26 de novembro de 2014.