No ano que vem teremos a Copa do Mundo, aqui, no Brasil. Confesso que desde a conquista do pentacampeonato mundial em 2002, eu não tinha mais aquela paixão em torcer pela seleção brasileira. Em 2006 fomos completamente enganados por aquele time sem qualquer comprometimento, e em 2010, na era Dunga, apesar do esforço nosso time era extremamente limitado, utilizando-se como exemplo o bizarro jogador Felipe Mello.
Até junho deste ano, minha opinião era que os grandes favoritos para a conquista da Copa do Mundo eram a Argentina e a Alemanha. Até junho. Após a Copa das Confederações, contudo, confesso que mudei de ideia. Aliás, continuo achando que os favoritos são Argentina e Alemanha, mas acrescentei o Brasil a eles. Aliás, na Copa das Confederações senti aquela emoção peculiar em aguardar um jogo da seleção. O sentimento gerado e a expectativa pela final contra a Espanha resgataram em mim uma sensação que eu não sentia há mais de uma década. Aquele frio na barriga, aguardando um jogo decisivo, que só quem gosta de futebol é capaz de sentir, principalmente por ver a camiseta canarinho em campo, muito bem representada atualmente pelo craque Neymar.
Aliás, a esperança da conquista do título mundial está nele. A esperança de milhões de brasileiros em conquistar o hexacampeonato passa diretamente pelos pés do jovem craque do Barcelona. Neymar vem fazendo uma temporada excelente, fazendo gols, dando passes e sendo nome certo, e muito elogiado, nas capas dos principais jornais espanhóis. Todos estão se rendendo ao talento do menino prodígio, que do meu ponto de vista conseguiu uma maturidade, já visível, apesar do pouco tempo de Europa.
Nossa seleção está renovada. Jogadores jovens estão despontando e mostrando que tem total capacidade de vestir a amarelinha com dignidade. Atualmente não existem os velhos medalhões na seleção, a não ser o goleiro Júlio César que eu, particularmente, não entendo o porque de ser o camisa 1, sendo que estamos com uma safra muito boa de bons goleiros no Brasil.
Com exceção de Júlio César, nossa zaga está mais que renovada. David Luiz, Thiago Silva, Dante, Adriano, Daniel Alves, Filipe Luis, entre outros, formam atualmente a linha defensiva da seleção, e tem mostrado um bom jogo. No meio, nomes como Paulinho, Oscar, Bernard e Luis Gustavo dão segurança e esperança de boas jogadas, e por fim, no ataque, fora o craque Neymar, Fred é o nome certo para ser o camisa 9, pois além de ter bom posicionamento de área, é matador e conta com uma sorte que poucos atacantes tem.
Essa é nossa seleção. Essa é nossa esperança de título. Se depender de mim, que antes estava muito pessimista, a torcida pelo título será imensa. Espero que todos pensem positivamente e torçam para o Brasil, porque apesar dos muitos problemas existentes no país, o futebol ainda é a maior paixão nacional.
Publicado na edição nº 9636 dos dias 17 e 18 de dezembro de 2013.