Inter precisa de mudanças urgentes

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Postura dentro e fora de campo tem de ser aprimorada em nome da tradição do time.

Sábado, dia 13 de julho de 2013, ficará marcado na memória do torcedor da Inter. Levará tempo para os torcedores esquecerem a goleada de 8 a 0 sofrida em Matão, contra o time da casa. Foram tantos gols que deu direito aos jogadores do Matonense comemorarem de tudo que é jeito: dancinha, beijo pra torcida, gestos e por aí vai…
A alegria dos torcedores e dirigentes do Matonense foi em dobro. Na primeira partida em que enfrentaram a Inter, no Estádio Sócrates Stamato, houve desrespeito na venda de ingressos e até no tratamento com a diretoria, que foi relegada à arquibancada, sem direito a recepção decente. Além disso, repórteres de rádios de Matão dizem que foram incomodados por um dos diretores da Inter.
Em campo, por mais que o treinador Ney Silva quisesse argumentar, sem dúvida, os problemas foram táticos. Talvez empolgado pela goleada de 5 a 1 em cima do lanterna Guariba, na rodada passada, a equipe jogou com fraco esquema defensivo.
No gramado, eu e Neto, repórter de campo da Rádio Bebedouro AM, ficamos olhando para o relógio, torcendo para acabar o jogo, com medo da vergonha de se chegar a 10 a zero. Só não foi mais porque o goleiro da Inter milagrosamente pegou um pênalti.
Para a diretoria, cabe rever o comportamento de alguns membros que têm arrumado boas dores de cabeça. Nem precisamos citar nomes. Quanto ao treinador, a diretoria precisa avaliar se vale a pena suportar a pressão dos torcedores que pedem a sua cabeça. Se Ney ficar é preciso que seja demonstrado que apesar deste vexame, ele tem condições de levar o time para a Série A3. O próprio Ney precisa pensar se vale a pena ficar, porque vive reclamando da atuação do elenco. Se perceber que não haverá mudança, a melhor coisa que ele faz para seu próprio currículo, é pedir para sair.
Em resumo, que dentro e fora de campo, que todos respeitem a importância histórica da Inter de Bebedouro e até mesmo o patrocínio na camisa, Cutrale, o maior grupo industrial da citricultura. Outra vergonhosa goleada desta, nem o Bar do Gavião, no Jardim Pedro Maia, vai querer colocar o nome na camisa.

Publicado na edição n° 9571, dos dias 16 e 17 de julho de 2013.