Margareth Signorelli
Em vários momentos difíceis da nossa vida, em que precisamos de apoio e equilíbrio, acabamos abandonando a única pessoa que nos acompanhará a vida toda, independentemente de qualquer circunstância. Abandonamos a nós mesmos. Mas como isso é possível? Veja a seguir 4 situações:
1- Negando ou ignorando nossos sentimentos – Normalmente, quando estamos fragilizados, tentamos passar por cima dos nossos sentimentos. Por vários motivos externos tentamos esquecer ou fingir que eles não existem. Devemos estar presentes e aceitar nossos sentimentos. Senti-los, entendê-los e legitimá-los.
2- Julgando-nos – Acabamos repetindo críticas que nos foram feitas na infância quando fazíamos algo errado: “Você não fez a coisa certa”; “Você tomou a atitude errada”. Estas críticas foram incorporadas por nós mesmos, se tornaram nossa realidade e viraram crenças limitadoras. Todas as vezes que nos julgamos com crítica, estamos nos rejeitando.
3- Fuga – Muitos buscam em outras fontes evitar encarar seus sentimentos de tristeza, desapontamento e angústia. Vão de encontro à comida, medicamentos, bebidas, entre outros, na tentativa de esquecer o que não querem encarar.
4- Vitimização – Acontece quando culpamos os outros pelos resultados dos acontecimentos da nossa vida. Transferimos a responsabilidade dos nossos atos a qualquer outra pessoa do presente ou passado, menos a nós mesmos.
Situações difíceis são inevitáveis, então, devemos saber que, em primeiro lugar, temos que contar com nós mesmos para resolvê-las e depois buscar ajuda se for necessário.
Contar conosco significa: Encarar o que sentimos, sem nos julgar. Enfrentar o que tiver que acontecer e nos responsabilizar pela nossa parte.
Com isso, os resultados dos grandes problemas mudarão, pois você não estará virando as costas para si próprio, mas sim, se respeitando e podendo contar com a pessoa mais confiável que conhece: Você!
(Colaboração de Margareth Signorelli, Coach de Relacionamento e Terapeuta EFT).
Publicado na edição nº 9663, dos dias 25 e 26 de fevereiro de 2014.