
Bandeira da cultura de Bebedouro tem sido bem representada nos últimos anos.
Começou na semana passada, a gestão do maestro Glauco Corrêa, na coordenadoria municipal de Cultura de Bebedouro. A escolha parece acertada por sua boa aceitação junto à classe artística. Com personalidade dócil, mas com postura firme, ele parece ter o perfil adequado para o cargo.
Mas seria injustiça deixar de elogiar o ex-coordenador de cultura, o compositor dentista Fauze Bazzi, que ocupou o cargo por duas gestões: de Davi Peres Aguiar (PSB) e de Italiano (PTB). Ele teve o mérito de promover a música na Estação Cultura e trazer apresentações memoráveis como do show de Jair Oliveira e Luciana Mello, na Concha Acústica, entre outros feitos. Tudo em parceria com o Sesc, sem nenhum ônus para a prefeitura.
Aliás, na administração passada o setor de cultura foi um dos poucos que funcionou. Teve falhas, mas pode-se dizer com segurança, que não por culpa do coordenador, mas por desinteresse do comando político da Prefeitura, que preferia pão e circo.
Em Bebedouro, temos sorte em bons gestores culturais, como o saudoso Mauro Penna, o pioneiro na implantação de política cultural, na cidade. Uma justa homenagem seria dar seu nome ao novo Centro Cultural que será construído. A artista plástica Carmen Perrone também foi uma boa gestora cultural que manteve a tradição da saudosa Léa Pitelli. E quem pode esquecer do maestro Claudinei Alves, gestor de cultura no governo do ex-prefeito Edne Piffer. Teve a qualidade de promover o festival de corais e oficinas de teatro.
É lógico que alguns vão ler este artigo eivado de críticas. Não tenho a pretensão de ser unânime. Cada um deles apostou em uma meta e, na medida do possível, conseguiram cumprir. Com certeza será isto que Glauco fará. Não dá para investir em todas as manifestações artísticas. Faltam recursos e uma das formas disto ser contornado é a criação de uma fundação cultural.
Mas é urgente também a criação do Conselho Municipal de Cultura, para democratizar o debate da arte e da cultura. Glauco será o coordenador, mas este conselho pode ajudá-lo a escolher prioridades.
(Colaboração de Marco Antônio dos Santos, jornalista).
Publicado na edição n° 9524, dos dias 19 e 20 de março de 2013.