Tolerância zero com traficantes

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Constituição Federal está anacrônica para conter a insegurança pública.

A Constituição de 1988 foi redigida ainda sob o clima do fim da Ditadura Militar, quando pessoas eram presas sem autorização judicial, ficavam incomunicáveis e tinham negado seu direito a advogados. Com a preocupação de evitar que isto voltasse acontecer, deputados e senadores aumentaram as garantias de Direitos Humanos. Mas o que vemos hoje é o abuso destas regras para favorecer traficantes e ladrões pegos em flagrantes.
Na manhã de segunda-feira (23), ladrões invadiram a sede da Apret, entidade filantrópica que atende pacientes renais. Além de bagunçar todos os documentos, levaram leite e cestas básicas. Não, eles não estão passando fome. Provavelmente, tudo está sendo vendido em alguma boca de fumo em troca de pedras de crack.
Após muito esforço, com o baixo efetivo que têm, polícias civil e militar conseguem prender os vagabundos. Desculpem o termo, mas é só assim que posso chamar quem arromba ONG de apoio a doentes. Porém, usando das brechas legais, os meliantes vão ficar pouco tempo presos.
É lógico que até os integrantes do crime organizado de Bebedouro não devem ter ficado felizes com a atitude. Com suas normas internas devem até obrigar que os envolvidos sejam punidos em seus tribunais internos. Mas é isto? Vamos agora depender do Estado Paralelo contra bandidos?
Se em uma cidade de porte médio do interior de São Paulo, a situação está neste patamar, imagine nas maiores. Ou os governantes reagem ou a sociedade vai começar a se virar e isto sempre termina em esquadrão da morte.

Publicado na edição nº 9601, dos dias 24 e 25 de setembro de 2013.