Os três assuntos que não foram abordados na eleição de 2008 e vão ter de ser enfrentados pelo político que for eleito este ano.
O principal problema de Bebedouro todo mundo sabe: é falta de emprego. E deve piorar com a disposição das indústrias de suco em não colher laranja nos próximos dois anos.
Mas apareceram três novos desafios a serem enfrentados pelo político que comandará a Prefeitura de Bebedouro, em 2013: aumento de vagas em creches, o tratamento público para dependentes químicos e a estruturação de um setor público para acolhimento de animais abandonados, mais um mini hospital veterinário.
Desde 2004 foi construída apenas uma creche em Bebedouro. Não precisa ser gênio em matemática para perceber que a demanda cresceu assustadoramente. Mas o que foi gasto em shows nos últimos dois anos daria para construir duas creches.
O aumento do consumo das drogas é perceptível em todos os bairros da cidade. Seja no centro ou periferia, famílias ricas ou pobres. Existem dois locais de tratamento: a casa de recuperação de drogados – Missão Restauração – ligada à Comunidade Evangélica e a que nasceu às margens da rodovia Brigadeiro Faria Lima – a Casa de Sião, criada pela pregadora evangélica Ana Stacofa. Ambos locais funcionam através de doações e estão lotados. É preciso a prefeitura criar, com ajuda dos governos estadual e federal, um local público para tratamento. Há verbas que podem ser disputadas para esta finalidade.
E não dá mais para deixar para o voluntariado, os cuidados de animais abandonados. Tem que se elogiar o esforço da funcionária do Canil Municipal Mariângela Mussolini e integrantes da ONG Patas, entre tantos que lutam por cães e gatos. Inclusive, Mariângela não é concursada. Dependendo do resultado das urnas, ela pode ir para o olho da rua a partir de 1º de janeiro de 2013 e todo o esforço dela terá sido em vão.
A solução poderia ser uma espécie de parceria público privada com as clínicas particulares de Bebedouro e região, enquanto não se consegue verba para construir um local adequado para abrigar cães e gatos.
E o incrível é que em nenhum dos jingles e panfletos dos candidatos há qualquer menção a estes problemas.
(Colaboração de Marco Antônio dos Santos, jornalista).
Publicado na edição n° 9446, dos dias 4, 5 e 6 de setembro de 2012.
