Ex-diretor cultural da Prefeitura de Bebedouro tinha vocação para formar novas gerações.
Falta meio ano para terminar 2012, mas já podemos dizer que este ano vai nos deixar lembranças tristes. A cidade perdeu muita gente importante para a história recente do município. Entre tantas podemos citar o arquiteto João Valente, o engenheiro Mário Latorre e o ativista cultural Mauro Penna.
Além de exímio dançarino, com passagens em grandes companhias de São Paulo e canais de televisão, Mauro conseguiu cumprir a brilhante missão de trazer cultura para Bebedouro com a luta pelas instalações do Teatro Municipal, Biblioteca Municipal e Pinacoteca Municipal, numa postura de quem entendia muito bem a palavra politica cultural.
Exigente professor de dança, ele foi responsável pela formação de novos artistas da cidade. Atitude típica de gente de sua geração que pudemos ver também em Sarah Pacheco, Lea Pitelli e maestro Pedro Pelegrino. No entanto, os três, apesar dos currículos, sempre mantiveram postura humilde e didática com qualquer tipo de pessoa.
Felizmente Bebedouro tem ainda três grandes ativistas culturais como Carminha Perrone, Lavínia Pavan e Luzia Campos. Cabe a elas transformarem lágrimas em projetos de formação cultural. Não será difícil para nenhuma delas, porque é exatamente o que fizeram até o momento.
Não podemos esquecer dos jovens talentos de Rogério Carlos Fábio e Lau Morelli, dois resistentes artistas teatrais. São a perfeita prova de que o corpo de Mauro Penna está sepultado no Cemitério de São João Batista, mas sua imortalidade está garantida pela vontade imensa destes dois rapazes em promover a cultura na cidade.
(Colaboração de Marco Antônio dos Santos, jornalista).
Publicado na edição n° 9424, dos dias 14, 15 e 16 de julho de 2012.
