Doença psicológica é mais comum do que muitas pessoas pensam.
Podemos nos fazer de fortes o quanto pudermos, mas invariavelmente, todos teremos depressão. Eu tive a minha há um ano após desencadear fatos negativos na vida pessoal. O segredo é procurar ajuda profissional. Consegui sair com a ajuda da psicóloga Sônia Galhardo, apesar de ter feito menos consultas do que o necessário.
Hoje, tenho consciência de que depressão é como gripe e resfriado. Todo mundo vai ter em algum ou vários momentos da vida. Devido à formação religiosa e familiar, espécies de anti corpos psicológicos, a maioria das pessoas cura-se da depressão.
O problema são as pessoas que entram na depressão e ninguém percebe, porque esta doença não tem sintomas facilmente perceptíveis, nem mesmo para os amigos mais próximos ou familiares. A gravidade só é percebida tarde, quando por exemplo, há tentativas de suicídio.
A psicóloga Luciana Gubel comenta que há tanta demanda por tratamento da saúde mental que o ideal seria um psicólogo por cada posto de saúde nos bairros. Nos convênios médicos há muitos pedidos de consultas, até para crianças.
Neste final de semana, a Gazeta publicou uma reportagem em que constata que 2,9% da população de Bebedouro sofre de depressão. É um percentual que não deve ser ignorado, nem pelos gestores públicos e nem pelas famílias. O primeiro passo é derrubar o preconceito de que depressão é frescura ou coisa de doido.
Publicado na edição nº 9622, dos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2013.