Você já conversou com a professora do seu filho?

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O desenvolvimento da criança não pode ser avaliado apenas pelo boletim do fim do ano letivo.

Na semana passada tive a oportunidade de conhecer a escola do meu filho e também sua professora. Gostei da conversa, porque a educadora que eu conhecia apenas como ‘Tia Rita’, falou detalhadamente como era o comportamento do Júnior em sala de aula e seu aprendizado. E descobri que ele faz muita bagunça na hora da aula.
É lógico que depois da conversa com a professora dei aquela cobrada no meu filho no estilo da educação baiana e rígida que recebi de minha mãe e avós. Não sou pedagogo e nem psicólogo. Particularmente nem sei se fiz o certo. Mas cá entre nós, como não há manual de bom pai ou curso de preparação para a paternidade, a gente usa mesmo o velho estilo: se o menino fez coisa errada, dá uma dura. Deixo claro, dura é uma conversa séria, sem palmadas ou agressões. Se castigo adiantasse alguma coisa, bandidos sairiam santos das cadeias.
É verdade que é complicado ter tempo para olhar todos os dias o caderno de tarefa do filho. Principalmente quando ele não mora junto com você. Mas dá para perceber no tempo que passam juntos se ele(a) aprende alguma coisa.
Ai invés de dar o videogame de última geração, também é legal dar de presente uma revista em quadrinhos. Parte dos leitores da Gazeta, tomaram gosto pela leitura através dos HQs. Depois, é um passo para dar livros infantis. Isto tudo estimula a leitura e o aprendizado.
O mais importante de tudo é dar um jeito de participar da vida escolar do filho. Conseguir espaço na agenda profissional para levá-lo até a sala de aula. Ajudar nas tarefas, estabelecer presentes se ele cumprir as metas escolares. A retribuição disto é singela: seu filho ou filha vir lhe mostrar o que aprendeu. Isto é uma recompensa sem preço.

(Colaboração de Marco Antônio dos Santos, jornalista).

 

Publicado na edição n° 9482, dos dias 4 e 5 de dezembro de 2012.